blog da bunker

3 pilares para construir amizade na vida adulta

É moleza fazer amizade quando somos crianças: a gente brinca um pouco e já vira melhor amigo. Na adolescência não é muito diferente, bastando às vezes uma banda favorita em comum para uma amizade começar. Somos jovens e estamos nos descobrindo, sem muita definição do que somos, do que gostamos, ou seja, mais dispostos e abertos a conhecer pessoas novas e nos conectar.

Muitas dessas amizades são reforçadas por uma rotina constante, seja de escola, faculdade, ou até na vizinhança. Mas quando viramos adultos, as coisas complicam um pouco. É bem comum que a gente tenha um círculo de amizades bem menor enquanto adultos do que mais jovens.

Aqueles amigos que você fez no ensino médio (“do terceirão pra vida!”) começaram a trabalhar, tiveram filhos e cada vez menos tempo. Ou então vocês se desconectaram, já não gostam mais tanto assim das mesmas coisas, passaram a ter opiniões muito divergentes.

E agora fica meio difícil construir novas amizades quando já somos adultos. Super normal, e realmente, não é fácil. Mas vou te dar algumas dicas de alguns pilares que podem te ajudar a criar e manter alguns amigos.

Esforço

Fazer amizades enquanto jovem é tão natural quanto a luz do dia. Vocês estão nos mesmos lugares, tem idades parecidas, interagem o tempo todo. O problema é que na vida adulta, normalmente você está num ambiente de trabalho onde há pessoas completamente diferentes, com origens de vida e opiniões diversas, além de muito mais preocupações e pouco tempo.

As coisas passam a não ser tão naturais assim, e o nosso erro é achar que as amizades vão continuar acontecendo como era na juventude. Já começa aqui um ensinamento: você vai precisar se esforçar pra fazer amigos.

É necessário aumentar propositadamente o seu contato com as pessoas, puxando assunto e demonstrando interesse por suas vidas. Não vai dar certo sempre, muitos terão resistência a apresentar uma abertura pra te conhecer também. Em outros casos, você e a pessoa não vão se conectar, simplesmente. Mas o negócio é persistir.

Vale também expandir seu círculo de contatos. Muita gente acaba ficando restrita aos colegas de trabalho, mas a situação melhora bastante se você tiver outras atividades em grupo como academia, igreja, algum curso, etc. Isso acaba trazendo uma conectividade mais automática, lembrando um pouco o tempo de escola.

E se você sentir que está fazendo algum progresso, conhecendo pessoas e criando proximidade, tente aprofundar a relação sugerindo atividades e encontros. Tipo sair pra comer uma pizza, assistir a um jogo juntos, enfim, algo que case com o que você encontrou em comum com a pessoa.

esforço

Tempo

Tenha calma, porque esse processo demora. Como disse antes, algumas tentativas podem ser frustradas. Alguns vão recusar sua investida, outros não vão ter a ver com você. Além disso, até mesmo as tentativas acertadas podem demorar pra tomar forma. Na juventude, um coleguinha de escola poderia virar seu amigo do peito em pouco tempo.

Na vida adulta, isso normalmente demora mais pra acontecer. As pessoas tem mais dificuldade de engajamento, confiança, possuem mais angústias, problemas, além de menos tempo à disposição. Você pode ter a sensação de que o processo demora mais, e que, nesse ritmo, essa pessoa nunca vai se tornar um amigo verdadeiro. Mas segura a onda, porque é assim mesmo.

Apenas nos acostumamos com as relações criadas na velocidade da luz na mocidade. Agora as coisas precisam ser mais calculadas, as pessoas tem outros afazeres importantes, e precisam se programar mais. Se você assistiu Friends ou How I Met Your Mother e idealizou esse tipo de amizade, diminua suas expectativas, invista na relação e seja paciente.

tempo

Compreensão

Uma última dica é ter o entendimento do estilo da pessoa com quem está se relacionando. Muitos se frustram pela suposta ausência de reciprocidade. Vou dar um exemplo: você chamou seu amigo pra assistir um jogo na sua casa. Ele apareceu, foi muito legal.

Tempos depois você chama de novo, de novo, de novo. E percebe que você sempre inicia esse contato, te fazendo questionar se ele realmente gosta de passar tempo com você. É comum que, ao perceber isso, muitos se sintam frustrados e desistam da aproximação. Mas é preciso entender que nem todo mundo é o “iniciador” das coisas.

Assim, se alguém recusa seus convites sempre, talvez não esteja realmente interessada na sua companhia. Mas se costuma aceitar, é possível que trate apenas de um personalidade pouco proativa para criar eventos, te convidar, e talvez esse tipo de pessoa aprecie o fato de você sempre ter ideias e iniciar o contato.

Caso o seu caso seja o contrário, de estar sempre sendo convidado e não convidando, aqui vai uma dica: sempre que você não puder ou não quiser aceitar um convite, seja sincero. Se não puder, explique o motivo, sugira outra ocasião. Caso não queira por um motivo específico, comunique isso também.

Se a pessoa te convida pra ir à igreja e você não é religioso, não adianta ficar inventando motivos falsos. Comunique isso, aproveite pra encontrar outro tipo de encontro que contemple ambos. Será muito melhor para a amizade a longo prazo.

compreensao

Como são suas amizades atualmente? Conseguiu manter as amizades da escola ou da faculdade? Fez novos amigos nos últimos tempos? Conta aê!

outros posts que você pode gostar